quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Historia Que Quer Ser Contada - Getúlio Vargas, Héroi ou Vilão?


Voltando a coluna "A Historia Que Quer Ser Contada", desta vez trazendo um fato super espinhoso, tratando de um dos "Heróis da Nação", que, se visto por outro lado nada mais foi que um DITADOR, estamos falando de Getúlio Vargas.  

Conheçamos o período “negro” da historia brasileira escrito na desconhecida e as vezes negada DITADURA VARGAS. Isso mesmo, ditadura de Getúlio Vargas, o mesmo “Doutor Getúlio”, como era conhecido, e como foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela Lei nº. 12.326.

Caso sua historia do Brasil esteja meio enferrujada vale relembrar que no período de 1937 – 1945 Getúlio Vargas sobre uma premissa ad hoc sobre o Plano Cohen, um pseudo plano de dominação comunista no território tupiniquim, declarou o Estado Novo, um pequeno eufemismo para golpe de Estado.

Nesse interim “Doutor Getúlio” determinou o fechamento do Congresso Nacional do Brasil e outorgou uma nova constituição, a Constituição de 1937 (POLACA), que lhe conferia o controle total do poder executivo e lhe permitia nomear, para os estados, interventores a quem deu ampla autonomia para a tomada de decisões.

No modelo ditatório de Hittler, no sentido de se utilizar de um preciosismo partidáriao para insuflar sua população e manipular a massa para aceitar aquela dominação, Getúlio chegaria a queimar bandeiras federais sobre o pretexto que no Brasil não se haviam mais problemas regionais, todos os problemas seriam nacionais.

A repressão getulista foi maior, senão tal qual a GRANDE DITADURA DE 1964, a acima referida Constituição Polaca, em seu preâmbulo trazia o seguinte texto:

(...) ATENDENDO ao estado de apreensão criado no País pela infiltração comunista, que se torna dia a dia mais extensa e mais profunda, exigindo remédios, de caráter radical e permanente;

ATENDENDO a que, sob as instituições anteriores, não dispunha, o Estado de meios normais de preservação e de defesa da paz, da segurança e do bem-estar do povo;

Com o apoio das forças armadas e cedendo às inspirações da opinião nacional, umas e outras justificadamente apreensivas diante dos perigos que ameaçam a nossa unidade e da rapidez com que se vem processando a decomposição das nossas instituições civis e políticas (GRIFO NOSSO);

Resolve assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à sua honra e à sua independência, e ao povo brasileiro, sob um regime de paz política e social, as condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e à sua prosperidade, decretando a seguinte Constituição, que se cumprirá desde hoje em todo o Pais:"

Com base nesse preâmbulo, as torturas e prisões arbitrarias eram praticas reiteradas e consideradas corretas, pois tinham o intuito de livrar o Brasil de um futuro similar ao da falida URSS Comunista.

Em nenhum momento esse desrespeito foi sequer negado pelo proprio Presidente, que quando questionado sobre o desrespeito aos direitos individuais, respondia: - O Estado Novo não reconhece direitos de indivíduos contra a coletividade. Os indivíduos não têm direitos, têm deveres! Os direitos pertencem à coletividade! O Estado, sobrepondo-se à luta de interesses, garante os direitos da coletividade e faz cumprir os deveres para com ela!

Em relação as leis promulgadas por Getulio, temos duas fortes hipótese a primeira é o que nós popularmente chamamos de “Lei para Inglês ver”. O Brasil, na época de Getúlio firmava alianças com Washington, que por outro lado era o grande defensor da Lei e dos bons costumes, travando guerras contra os mais diversos regimes absolutistas e ditatoriais, sob a premissa do bem do povo. Nesse contexto, o Brasil não poderia se mostrar um pais absolutista por completo, apesar de conseguir vender a ideia de uma “ditadura permitida”, razão pela qual, até mesmo para melhor controle das massas o Estado Novo veio a implementar grandes realizações,como promulgado o Código Penal Brasileiro, a Lei das Contravenções Penais, o Código de Processo Penal Brasileiro, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), todos até hoje em vigor e a criação da Justiça do Trabalho, no dia 1 de maio de 1939, pelo Decreto-Lei nº. 1.237, assim como o salário mínimo, e concessão da estabilidade no emprego do trabalhador, após de dez anos no cargo.

Note-se que no mesmo ano de implementação de todas essas mudanças o Estado Novo assinou, em Washington, DC, o "Acordo Interamericano do Café", visando regular seu o preço e o comércio internacional. E isso se dá na medida em que o café era o principal produto agrícola brasileiro, chegando a atingir, no período de 1932 a 1940 o percentual de 47,8% dos produtos agrícolas exportados.

No espirito da “lei para gringo ver” nossa legislação foi adequada a situação histórica pela qual o pais passava. Em relação aos benefícios laborais e humanos, foi tudo uma questão de "fazer o filme" com países que viriam a ser parceiros comerciais do Brasil. Em relação ao Código Penal,  note-se que em uma ditadura os presos, em sua grande maioria, são presos POLÍTICOS, não ladrões, delinquentes, menores ou estupradores. Apesar das torturas serem aplicadas e justificadas por Getúlio Vargas, o mesmo necessitava do “aval popular” razão pela qual, apesar de toda violência implementada o mesmo necessitava de instrumentos que gerassem a população o mínimo de conforto e o que gera mais conforto nas terras tupiniquins que não A LEI.

Mas não poderia ser qualquer lei ou uma lei de qualquer jeito, Getúlio, apesar de tudo, no Estado Novo alcançou o seu maior índice de popularidade e precisava manter-lo para continuar no poder, a necessária Lei Penal deviria reger a situação na qual o Estado Novo vivia, ou seja, no tratamento de presos políticos e na sua readaptação a vida em sociedade, pura poesia.

E como foi finalizada essa ditadura que continha o apoio popular? Simples, com uma nova tomada de poder pelos militares. A Segunda Guerra Mundial, deflagrada em 1939, pôs em disputa a doutrina fascista e nazista contra a doutrina da liberal-democracia. Com a entrada dos Estados Unidos no conflito, o Brasil foi levado a combater ao lado dos Aliados. Com a queda de Hitler e de seu Terceiro Reich em 1945, a democracia tomou a frente em relação aos ideais políticos e o regime autoritário brasileiro já não tinha como se manter.

Assim, Getúlio Vargas foi deposto pelos militares em 29 de outubro de 1945, sob o comando de Góes Monteiro, que inclusive foi um dos homens envolvidos no golpe de 1937.

Apesar do fim da Era Getulio ter se dado por meio de uma tomada de poder, quem assumiu foi general Eurico Gaspar Dutra, como presidente eleito pelo voto popular, dando fim a um dos períodos mais autoritários e violentos da nossa história. Então, heroi ou vilão?

ADENDO: Esse material não é valido para estudos, sendo somente um texto resumo, para maiores informações ou informações antagónicas procurar livros de História ou o próprio Google.

E ai, curtiu?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O EGO no ambiente de trabalho!!!

Voltando aos debates com um assunto, no mínimo, escamoso. Como lidar com o "ego" no ambiente de trabalho? Inicialmente vamos conceituar corretamente o que vem a ser o "EGO".

Ego (em alemão ich, "eu") sua principal função é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do ID e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego. Em miúdos, o ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.

Não necessariamente o EGO vem a ser algo ruim, na verdade é uma parte da nossa vida mental, que antes eram dividas tão somente em "consciente" e "inconsciente" nos termos dos trabalhos de Freud.

O que muitos de nós tratamos como problemas de EGO são, na verdade, problemas com EGOISMO (ego+ismo), nesse caso é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento, ou não, do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.

Nesse caso o "egoista" não se importa ou trata em segundo plano os interesses e posicionamentos alheios em qualquer área de sua vida, seja pessoal ou profissional.

Acho que todos nós já tivemos que lhe-dar com pessoas egoísta, centralizadas em seus interesse e vontades, seja um parente, aderente, conhecido, colega de sala ou, pior, de trabalho.

Conforme a postagem indica, demos por interesse a área laboral, no caso, o ego no ambiente de trabalho. O sujeito de ego inflamado, no ambiente de trabalho vem a se tornar um grande entrave no trabalho de maneira coletiva. Nesse ambiente o ego faz acreditar que a pessoa está SEMPRE certa e que seu posicionamento é sempre o mais adequado a situação, vindo conhecido também pela alcunha de "Sabe-Tudo", nesse caso a pessoa não mais vê as coisas de maneira macro e sim micro, focada nos indivíduos e não no objetivo do grupo, nesse caso el@ acaba por dar prioridade aquilo que LHE eleva, que LHE mostra, que LHE beneficia, muitas vezes as custas da própria equipe de trabalho, vou chama-los aqui de "profissionais EGO".

Corroborando o exposto, segue opinião do palestrante corporativo e especialista em atitude e comportamento organizacional Rodrigo Cardoso.
“O ego está ligado ao orgulho próprio, mas não é só isso. Via de regra, quando o ego é exagerado ele se torna prejudicial, pois a pessoa perde a visão sistêmica, deixa de entender a dinâmica do todo, de perceber que não está só, que todas as ações têm consequências e, com as escolhas voltadas apenas para si mesma e para o benefício próprio, ela deixa de ter os melhores resultados”


Mas como lidar com esse "profissional EGO"? Lembre-se que 90% (noventa por cento) dos funcionários são demitido, não por capacidade ou responsabilidade, mas por comportamento. Os "profissionais EGO", com suas atitudes egocêntricas são facilmente identificados e não tarda até que os mesmo se manifestem contra outros colegas de equipe, ou mesmo superiores em detrimento de seus próprios interesses, ou seja, uma hora os mesmo se enforcam em suas próprias cordas.

Mas e enquanto isso não acontece? Nesse caso, você tem que demonstrar ser um funcionário confiante de sua posição e consciente de suas decisões e ações dentro da empresa, quanto mais focado você estiver em realizar seu trabalho da maneira correta e de maneira segura, mais sua "empregabilidade" vai se firmando dentro da empresa na qual você atua, o que gera uma confiabilidade no profissional que você é.

Mas e se eu sou o "Lider" dessa equipe? Posso eu lidar com esse "Profissional EGO"? Lidar com esses profissionais é extremamente cansativo e difícil. Uma das maneiras de lidar com o egoismo no ambiente de trabalho é por meio dos famosos "feedbacks", ou seja demonstrar aquele profissional informação sobre seu desempenho, conduta, ou ação executada, objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.
Assim como não deve estimular a competição em sua equipe, focando sempre as ações realizadas coletivamente. Quando necessário, o gestor deve apontar ao colaborador que a maneira como agiu não foi esperada e cobrar para que da próxima vez ele haja de maneira diferente.
Nesse caso encontramos 02 (dois) problemas, uma deles é em relação ao "lider", inicialmente para esse tipo de ação o "lider" deve se fazer presente e confiante pois deve basear esse "feedback" em situações presenciadas por ele mesmo ou relatadas pela equipe de maneira coletiva, para não correr o risco de vir a ser "manipulado" por um desses "Profissionais EGO". Outro problema é que esse funcionários, justamente por terem os EGOs inflamados os mesmo se colocam em uma posição na qual nunca estão errados e por isso não merecem qualquer tipo de ajuste de conduta.

Comenta Rodrigo Cardoso que: “Antes de tudo, o profissional precisa querer mudar, e para tanto deve estar aberto ao famoso feedback. O que acontece na prática é que os egos inflados raramente ouvem a opinião dos outros sobre si. Em outras palavras, eles não dão nem o primeiro passo para a mudança. Eventualmente só se dão conta da necessidade de mudar sua personalidade quando são demitidos, rompem um relacionamento ou sofrem alguma perda grave. Coaching, ou mesmo um bom terapeuta, podem ser ótimas ferramentas de percepção e mudança para que o profissional trabalhe esse lado negativo de sua personalidade”.
O importante nesse caso é tomarmos dois cuidados em especial, primeiro; cuidado com seu ego, ninguém é perfeito, existe uma linha muito tênue entre competência e auto-promoção, seja um funcionário capacitado, especialize-se, mostre que você tem conhecimento, mas se permita aprender, mesmo que com pessoas não tão "gabaritadas". Seja humilde e saiba ouvir, de maneira que suas opiniões sejam pensadas sempre em favor dos objetivos do grupo e não nos seus objetivos individuais. E o segundo cuidado é com esses "Profissionais EGO" , difíceis de serem identificados, ao tempo em que são envolventes e aparentam ser boas companhias no ambiente de trabalho, justamente por estarem sempre afirmando serem "uma peça fundamental da empresa" ou o "melhor funcionário da empresa", essas pessoas quando "afundam" acabam por levar você junto, então cuidado redobrado, ok? 

Então é isso ai, deixem seus comentários, dúvidas ou sugestões para os próximos temas a serem abordados. 

E ai, curtiu?


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Amigos ou Amigos de trabalho? - Por Iná Kelzer Albuquerque

Hoje temos uma participação super importante da, futura, Dra., Kelzer Albuquerque, graduanda do curso de psicologia e, concomitante, graduanda no curso de pedagogia. Além de coordenadora de inserção do Projeto e-Jovem no Estado do Ceará. A mesma vem abordar uma questão crucial que é a "Amizade no Ambiente de Trabalho". Mas e ai, é possivel ou não?
Amigos ou Amigos de trabalho?

Ter um bom relacionamento no ambiente de trabalho é fundamental para uma boa produtividade, dizem especialistas e estudiosos do assunto. Entretanto é necessário entender o real conceito de amizade e se há algum risco em aprofundarmos nossas relações onde trabalhamos.  A análise pode ser feita com o seguinte questionamento: O que é amizade?

Para quem incluiu a palavra confiança, o risco de decepção em menos de um ano no emprego é relevante. Se a palavra cumplicidade foi inclusa no conceito, a concordância de opiniões deve estar além do risco de demissão. Vale ressaltar um exemplo: “Precisamos nos unir e reivindicarmos... (salário melhor, menos carga horária, bonificações, benefícios...)” Qualquer que seja a reivindicação, se ser amigo é ser cúmplice, esse é um momento de demonstrar. Ainda sobre a definição de amizade, ter mais intimidade é natural entre amigos e compartilhar momentos da vida pessoal acontece espontaneamente quando se é mais intimo, bem como demonstrar afeto ou realizar brincadeiras. Há quem acredite que ser amigo é ser leal, companheiro, solicito e disponível sempre. A reciprocidade faz parte da amizade? O ser humano sabe realizar favores sem esperar o mesmo do outro? Alguns sim, outros nem tanto!

O fato é que em se tratando das relações entre seres humanos é considerável mudanças de comportamento, alterações de humor, caráter, personalidade, nível cultural, escolha religiosa, experiência de vida, problemas cotidianos e para esse século os níveis de ansiedade e stress.

Nesse sentido, a pergunta é: Somos capazes de sermos amigos, nos padrões conceituais de amizade em nossos locais de trabalho, sem afetar a produtividade e motivação necessárias para um bom desempenho das atividades exercidas?
O entendimento para essa resposta está no equilíbrio das relações e no modo de analisar as nossas necessidades de interação com o outro. A busca incessante pelo bem estar e no pensar sempre para o melhor (ser um ser humano melhor, trabalhar melhor, tornar minha empresa ou equipe melhor...) traduz o pensamento que tem sido utilizado em pequenas ou grandes organizações atualmente: Quanto mais amigo o profissional for ou tiver no trabalho, melhor para todos. Na verdade, o que é importante entender é que há uma diferença necessária em ser amigo e ser amigo no trabalho! Todo e qualquer trabalho exige resultado, produtividade, ao contrário de outras formas de integração social e um ambiente de harmonia promove condições para que metas sejam realizadas, missões cumpridas, objetivos alcançados e para que os relacionamentos entre profissionais estejam equilibrados, limites precisam ser considerados, privacidade respeitada e neutralidade fundamental em um bom convívio social.

O valor das relações interpessoais no trabalho deve existir entre lideres e colaboradores, buscando sempre inteligência emocional para os momentos de tensão, tendo em mente que o principal está na consciência de sua importância na organização e que existe diferença entre ambiente de trabalho, ambiente familiar e ambiente de lazer.

Assim, responder alguns questionamentos pode facilitar na construção de relacionamentos saudáveis no trabalho e talvez fora dele: Tenho necessidade de muitos amigos? Como lido com críticas? Tenho inteligência emocional? Confio em todos no meu trabalho? Tenho grupos específicos em meu local de trabalho? Sei ouvir uma "fofoca" e não compartilhar? Sei impor limites sobre a minha vida pessoal? Como lido com as decepções? O que é amizade para mim? 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A História que Quer Ser Contada: Impeachment COLLOR

Olá a tod@! Hoje eu quero colocar aqui uma nova temática a ser postada mensalmente, seria uma “coluna” que eu chamarei de: “A História que Quer Ser Contada!”. Aqui levantarei alguns assuntos que envolvem a história de nosso país ou mesmo a historia mundial, mas vista por um outro ângulo, um que normalmente não é repassado nas carteiras escolares. Afinal conhecer o passado de seu mundo, também é empregabilidade.

Para estreiar, vamos falar do Impeachment COLLOR. Embalado pela entrevista concedida colocada pela Central Globo de Jornalismo no programa Fantástico com a ex-primeira dama Rosane Collor.

Eu, como milhares de brasileiros, teve que passar pela tortura de assistir ao Fantástico somente esperando a “tão reveladora entrevista” com a ex-primeira dama Rosane Collor. Uma observação: Que exemplo de cidadão, hein? Que mulher de boa índole, honesta, inteligente. (risos a parte). Agora sério, a mulher num conseguia acertar UMA concordância verbal, imagina o que ela escreveu. Sem falar que ela se perdia nos detalhes, hora dizia que fazia, hora dizia que num sabia, parecia presidente do ParTido.

Mas não vamos comentar sobre a entrevista, o que na verdade me chamou atenção foi o caso do impeachment, que até hoje ainda é um ponto obscuro na história do nosso país, ou senão obscuro, mascarado pela mídia (não sou um extremista contra as emissoras, só desejo uma melhor conscientização do povo para filtrar o que lhes é repassado). Então vamos ao caso.

O ano era 1989, o país estava eufórico com o voto direto para presidente, após 04 anos do fim da ditadura. De um lado um representante da massa trabalhadora, advindo das classes operarias e das “prisões” pela ditadura, o Lula, que seria nosso melhor FUTURO presidente numa realidade alternativo.

Do outro lado está Fernando Collor de Melo, apelidado pela Tv brasileira de “o Caçador de Marajá”. Collor priorizou em seus discursos a caça ao marajás, que à época, era os funcionários públicos que tinham um rendimento milionário e desproporcional. Collor, orientado por profissionais de marketing, anunciou com estardalhaço a cobrança de 140 milhões de dólares dos usineiros do estado para com o Banco do Estado de Alagoas, havendo diversas repercussões positivas na imprensa.

Por fim, Collor é eleito presidente do Brasil em 1990, tomando posse e entrando para a historia como 1º presidente escolhido diretamente pelo povo após o regime militar.

Qual era a situação do nosso país à época? Bom, no ano anterior o pais sofria com uma inflação de 1.764%, lembro hoje que por diversas vezes iamos ao mercado pela manhã comprar alguum item e meio que corríamos na frete do “etiquetador”, pois o mesmo já estava de posse do mecanismo de reajuste de preço em mãos pronto para transformar o arroz em “caviar”, falando em preço, não gosto, ok?

Quais as medidas do então presidente para gerir essa hiperinflação? Primeiro voltar a por em circulação o cruzeiro como unidade monetária em substituição ao cruzado novo e o confisco dos depósitos bancários superiores a Cr$ 50.000,00 (cinqüenta mil cruzeiros) por um prazo de dezoito meses visando reduzir a quantidade de moeda em circulação.

Vejam que apesar do “confisco” se algo absolutamente ilegal, posto que vem de encontro ao direito de usufruir de algo que é de sua propriedade, passou pelo congresso sem grandes discussões, e digo mais, nem mesmo a população, nesse ponto chegou a se inflamar com a referida medida de freio da hiperinflação, até mesmo devido a inflação ter recuado para 5% ao mês.

Outra medida, e essa sim minou o cargo do Fernando Collor, foi eliminação de vários tipos de incentivos fiscais: para importações, exportações, agricultura, os incentivos fiscais das regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a criação de um imposto sobre as grandes fortunas.

Nesse panorama, o então presidente Collor implementa o neoliberalismo econômico brasileiro, procurando mostrar ser impossível uma planificação integral. Ou seja, é impossível que um planejador central (governo) estabeleça o que deve ou não ser produzido, assim como o quanto se deve produzir. A partir dai o empreendedor decide e o Estado não pode mais interferir.

Aqui, um dos principais reflexos do neoliberalismo foi que o Brasil acabou por abrir suas portas comerciais do Brasil para produtos estrangeiros.

Há quem diga que não, que já em 1988/89 o pais já implementava políticas de abertura comercial, mas ainda muito tímidas, inclusive a principal medida se da na redução do imposto de importação, que era de 51%, para 41% e abrangiam apenas a 15,8% das importações totais do país .

Para se ter uma noção dos impactos dessa abertura econômica, entre 1993 (último ano da segunda fase da abertura) e 1989 (último ano da primeira fase), o valor das importações totais cresceu 38,3%, passando de US$ 18,263 bilhões para US$ 25,256 bilhões. O critério empregado
separou uma gama de 13.500 produtos em sete grupos, fixando a alíquota de importação entre
zero e 40%.

Agora imaginem o seguinte: você esta em um pais onde, ou compram arroz de você, pelo preço que você venha a impor ou se comprar um arros importado pelo mesmo preço que o seu, acrescido 41%, quem vai ficar rico? Você ou o importador?

Agora imagina que uma pessoa chega nesse seu pais e diz o seguinte: “- A partir de agora o produto externo também vai entrar no pais, com alíquotas reduzidas, se aproximando, em valor, ao produto que você produz”.

A politica econômica brasileira de recessão somente privilegia os empresários locais, posto que os mesmo não sofriam com grande concorrência no mercado interno. Nesse contexto, aposto como na visualização a primeira coisa que você pensou foi: “– Adeus rico dinheirinho.”

E era isso o nosso panorama, o empresariado nacional poderia oferecer produtos de qualidade inferior (mais baratos), pois não havia concorrência, e obtinha um lucro imenso. Agora o cenário mudou, pois produtos importado de qualidade poderiam vir a fazer parte do itens de consumo do povo brasileiro, diminuindo seus lucros.

Em meados de 1991 começaram a surgir denuncias que envolviam pessoas do circulo central do presidente, em especial o famoso esquema PC Farias. O mesmo foi acusado por Pedro Collor de Mello, irmão do na ocasião Presidente da República do Brasil, de ser o testa de ferro em diversos esquemas de corrupção.

Okay, dinheiro publico foi usado para pagamento de contas pessoais, funcionários e contas fantasmas foram criadas para o pagamento dessas dívidas, obras foram superfaturadas, reforma em uma mansão (Casa da Dinda) com verbas da empresa Brasil Jet. Mas pensem comigo, o qual dessas ações citadas não se repetem Governo após Governo?

Qual grande candidato não troca Secretarias e Ministérios por “donativos” para campanha eleitoral? Quais obras, inclusive da COPA 2014, não estão claramente superfaturadas? Qual prefeito de interior que ao se eleger não compra uma “HILUX”? Não estou a defender Collor ou suas atitudes, pelo contrario, sou contra, acho que ele usou erroneamente o patrimônio público e merecia ser impedido, mas não foi a corrupção efetuado por este infeliz presidente que o impeachmou, mas sim o rombo que ele causou aos grandes empresários, com a abertura econômica.

Meu caro, não se engane com a “Marcha dos cara pintada”, pois, sem medo de ser injusto, 80% daqueles jovens que foram ao planalto protestar e pedir pelo impeachment eram universitario da UNB, que lembrem, não tinha nenhuma politica de cota, FIES ou PROUNI. Esse público, certamente eram os “playboys”, filhos dos grandes empresários que foram visivelmente prejudicados com a abertura econômica.

O povo não estava naquela passeata, pois o povo estava TRABALHANDO mesmo, como sempre, quem lá estava eram os jovens representantes de grandes empresas, a oposição e a TELEVISÃO (empresa), por isso não se engane pensando que este movimento foi popular.

Em meio a mensalões e cachoeiras, o que PC Farias e Collor fizeram é peixe pequeno. A história contextualizada é essa, no Brasil, o único impeachment por corrupção foi mais uma medida de manipulação para beneficio de uma oligarquia, vestida na pele do “bem maior para o povo”, que um movimento popular.

Lembrando que após renunciar e ser impedido, Collor foi absolvido das acusações de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, por cinco votos favoráveis e três contrários.

Hoje, vejam só, Collor é Senador de Alagoas e um dos mais atuantes na CPI do Cachoeira, inclusive requerendo o “impeachment” do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no termos do art. 52 da Constitução Federal, que legisla que compete privativamente ao Senado Federal “processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade”, não cabendo ao Procurador-geral o simples engavetamento.

terça-feira, 10 de julho de 2012

E se a entrevista de emprego fosse invertida?


Vídeo super bem humorado, mas que traz certas reflexões sobre você e o mercado de trabalho.


Lembrem-se que você também faz um processo seletivo do local onde você vai trabalhar. Procure conhecer a empresa que esta ofertando a vaga para qual você se candidatou e suas possibilidades de crescimento dentro desta.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Redes Sociais e o Mundo do Trabalho

Falarmos sobre redes sociais é sempre muito delicado, afinal lidarmos com nossas opiniões e comportamentos na rede é uma novidade é estabelecido um conjunto de regras que seja imposto ao comportamento virtual.

Etiqueta vem do francês étiquette, conjunto de regras cerimoniais que indicam a ordem de precedência e de usos a serem observados pela corte em eventos, públicos ou não, onde estiverem presentes chefes de estado e/ou alta autoridadestais, como solenidades e datas oficiais; por extensão, são ainda as normas a serem observadas entre particulares, no trato entre si.

Estas regras passaram a ser escritas em manuais, na Europa, a partir do século XVI, que retratavam formas de "bom-tom" ou de "polidez" no trato social.

O primeiro filósofo a se debruçar sobre a etiqueta foi Erasmo de Roterdão que, em 1530, publicou De civilitate morum puerilium, sendo este o primeiro livro a tratar o assunto. Referida obra destacou a formação infantil, no que tocante a  gestos, vestimentas, expressões faciais, delimitando o comportamento e demonstrando as boas e más condutas, com especial ênfase a etiqueta à mesa, onde verdadeiramente se reconhecia quem é ou não nobre.

Mas mais famoso "desenvolvedor" dessas regras sociais foi o famoso Rei da França, Luiz XIV, que distribuia a seus convidados pequenos bilhetes com orientações de comportamento, quando estes estivessem presentes a Corte.

Mal sabia Luiz XIV que aquelas suas "regrinhas" seriam hoje o espelho de regras social a serem utilizadas no mundo virtual.

No frigir dos ovos, na dúvida sobre que comportamento devo ter nas minhas redes sociais, tente adaptar as regras de boa convivência do mundo real para o virtual.

Para inicio de conversa vamos as dicas mais "batidas" sobre o que fazer ou não fazer, partindo da etiqueta socia para a etiqueta virtual. 

Você não gosta de ninguem gritando gritando no seu ouvido, não é? Então muita atenção no uso de CAIXA ALTA, as vezes você quer só destaque, ou as vezes você quer gritas mesmo, mas nem todo mundo quer ouvir, ok? Então cuidado!

Segunda dica, eu sei que é super legal e divertido jogos, mas você pode não gostar de jogar "baralho" então eu num vou ficar lhe convidando o dia inteiro, todo dia para participar de rodas de poquer. O mesmo vale para aplicativos nas redes sociais, as vezes eu sei que você precisa de mais "energy" para seus heróis "Marvel", mas procure alguém que tambem tenho o mesmo gosto pelo jogo e não "incomode" pessoas que não estão afim de participar deste aplicativo.

Outro ponto, cuidado com suas opiniões, saiba sempre dosar aquilo que você publica, pois ao contrario do que você fala, aquilo vai estar "documentado" e marcado em sua vida virtual. Então assuntos polémicos, opiniões adversas ou preconceituosas devem ser bem medidas para serem melhor interpretadas. As atuais redes sociais tem ferramentas de privacidade que podem evitar esses mal entendidos.

Mas e quanto ao lado profissional? Porque me portar "profissionalmente" no meu perfil nas redes sociais, se eu tenho mais é que ser eu mesmo, mostrar minha identidade? 

Hoje, mais do que nunca estamos todos interligados o tempo inteiro nesse novo mundo virtual. Nossas ações estão exposta a bilhões de internautas de maneiro publica e, muitas vezes, de fácil acessibilidade.

Não é raro, em processos seletivos os recrutadores, ao final da entrevista pedirem que o candidato deixe ali o seu endereço eletronico de seu perfil em algumas redes sociais. E mesmo que não peçam, não é difícil encontrar uma pessoa nessas redes sociais.

Um exemplo que lí recentemente, foi de um jornalista que, ao participar de um processo seletivo para fazer parte da equipe desportiva da Globo, foi desclassificado por postagens em seu twitter. Afirmou do ex-candidado que é torcedor do Santos F.C. e que casualmente postava comentarios ou opiniões sobre o seu time e que esses comentários foram um dos pontos abordado por Tiago Leifert, que deixou enfatizado que aquilo era um domínio público e feria a imparcialidade dele como repórter.

Outra dica importante são os erros de português, apesar da nossa língua pátria permitir o uso de abreviações ou mesmo "erros" em textos informais, cuidado para não abusar. Por exemplo: em textos informais é possível trocar o "você" pelo "vc", mas nunca será admitido o "vocêis".

Outra dica importante são as fotos. Muito cuidado com as fotos que são postadas, apesar daquela "noitada" ter sido muito animada e ter rendido muitas piadas, não é de "bom-tom" postar fotos fazendo referencia ao consumo indiscriminado de bebidas alcoólicas.

Não é legal você postar fotos suas assim, muito menos a dos colegas que com você estavam. Antes de qualquer marcação é super educado pedir a permissão daquela pessoa, pode ser que ela não queira sua imagem vinculada aquela foto. Caso você tenha marcado e o colega tenha desmarcado, por favor, não insista em marca-lo novamente, não é educado, respeite o colega.

Cuidado com o que você "replica" ou seja, com as informações que você posta, aquele que reposta qualquer coisa o tempo todo pode ser visto como uma pessoa ociosa, sem personalidade, interesse ou ocupação, o mesmo vale para comentários.

Uma das novas ferramentas (do facebook, pelo menos) são os eventos. É uma ferramenta super interessante para se marcar uma festa, aniversario, reunião, mas cuidado, o uso indiscriminado dessa ferramenta para qualquer coisa é visto com maus olhos. No mais, tente selecionar as pessoas respeitando sua ideologias e pensamentos, e não usando essa ferramenta indiscriminadamente.

Cuidado com piadas e frases feitas, as redes socias vêm se tornando verdadeiros oraculos, comparados aos ultilizados pelos Espartanos ou Gregos antes de iniciarem suas guerras ou mesmo para adivinhar-les o futuro. As redes sociais dizem qual seu carro, profissão, esposa e dia do casamento.

Não é a toa que o fundador do facebook Mark afirmou que os brasileiros, mesmo sendo um dos maiores ṕublicos, estão estragando a ferramenta por ele desenvolvida.

Compartilhem noticias, informações, isso demonstra que você é atendo ao mundo lá fora e não somente á trivialidades.

Por fim, para manter a cordialidade das redes sociais, muito atenção com cobranças, sejam aos colegas como a sua empresa. Caso seu amigo esteja a dever algo, mande mensagens privadas, não faça disso um fato publico.

Quanto a sua empresa, muita atenção. Nada de falar mal da empresa na qual você trabalha nas redes sociais ou cobra-las, lembre o post passado, as empresa tem profissionais específicos para fazer saber o que andam falando desta. Se contar que alí não é o mecanismo especifico para esse fim e será você que ficará mal visto e não a empresa.

Bom estes são as principais ações de "etiqueta virtual", na dúvida, sempre tente levar aquela situação para o "mundo real" e ver como seria a maneira mais ética e respeitosa de agir diante da situação e assim aja.




quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mercado de Trabalho e a Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC

Recentemente fui convidado para, junto a um colega de trabalho, proferir uma palestra debatendo empregabilidade e o mercado de trabalho de TIC para 200 (duzentos) à 300 (trezentos) jovens que cursam a Escola Profissionalizante do Ceará.

Foi quando me debrucei melhor sobre o tema e ví números que eu SEQUER imaginava ser tão relevantes em relação ao mercado de TI e seu desenvolvimento.

Dessa apresentação surgiu um texto, o qual publico em seguida.

1. MERCADO DE TRABALHO

1.1. ATUAL CENÁRIO DO MERCADO DE TRABALHO

O mercado de trabalho vem mostrando uma tendência forte de geração de vagas em maio, segundo Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As novas contratações levaram a um aumento do nível de ocupação, de 53,7% em abril para 54,2% .

Essa enorme quantidade de vagas se dá, em especial, ao tão comentado apagão da mão-de-obra. Referido apagão é um efeito colateral do crescimento acelerado da economia brasileira. E reflete as dificuldades que o mercado vem enfrentando com a oferta limitada de profissionais, dos mais diversos níveis de capacitação, diante das necessidades dos setores econômicos em transformação.

Estamos na era da informação, das novas tecnologias e da globalização. Neste novo momento a informação esta cada vez mais difundida entre os grupos pelo “rápido e fácil” acesso a cursos e programas de Governo, assim como o crescimento do número de instituições de ensino superior.

Com tanta gente procurando emprego e com um diploma de curso superior debaixo do braço, as empresas estão muito mais exigentes e buscam o profissional que tem maior conhecimento e melhor postura.

Estamos vivendo um momento de “especialização profissional”. Diante da facilidade da informação, houve um aumento no número de profissionais que tem o entendimento “básico”, “superficial” ou “raso” sobre um determinado ramo do trabalho, sendo um diferencial o alto nível de especialização profissional.

A exemplificar o atual período que passa o mercado de trabalho, há tempos, para cuidar da portaria de um prédio residencial, o profissional precisava ter só um pouco de experiência e cursado até a antiga oitava série. Agora muitos condomínios têm exigido, além de experiência, ensino médio completo, boa comunicação, curso de segurança patrimonial e, principalmente, conhecimento em informática pra saber operar sistemas informatizados de segurança.

Assim, refletir, planejar e traçar uma carreira futura torna-se condição vital para o sucesso profissional no mundo globalizado. E planejar uma carreira não é só escolher uma profissão ou um curso de graduação a seguir, mas também um segmento para o qual o jovem ou profissional deverá se preparar, munindo-se de todas as ferramentas necessárias que trarão a especialização e o diferencial competitivo desejado.

2. MERCADO DE TRABALHO – T.I.C.

Em matéria publicada pelo portal UOL de noticias (http://migre.me/9Dvz6) , estima-se que o Brasil necessite de quase 340.000 profissionais em pelo menos 20 áreas críticas, dentre as quais, 04 (quatro) são especificas na área de TIC.

Administrador de banco de dados:

Quantos são necessários: 21,5 mil
Quantos são atualmente: 17,5 mil
Quantos faltam: 4.000
Remuneração média inicial: R$ 2.000

Gerente de TI:

Quantos são necessários: 26 mil
Quantos são atualmente: 22 mil
Quantos faltam: 4.000
Remuneração média inicial: R$ 5.000

Técnico de desenvolvimento de sistemas:

Quantos são necessários: 63 mil
Quantos são atualmente: 58 mil
Quantos faltam: 5.000
Remuneração média inicia:l R$ 1.500

Analista de sistemas:

Quantos são necessários: 241 mil
Quantos são atualmente: 211 mil
Quantos faltam: 30 mil
Remuneração média inicial: R$ 3.300

O atual mercado de T.I é um dos que mais cresce, note-se que hoje este vem empregando 1,2 milhão de brasileiros, com crescimento de 15%, entre 2004 e 2007, e com previsão de incorporar 750 mil novos trabalhadores até 2020.

O setor brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) movimentou US$ 102,6 bilhões em 2011, o que representa crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior. O Brasil pode, ainda, se tornar um dos quatro principais centros de TI até 2022. "A meta do setor para os próximos dez anos é dobrar seu faturamento e movimentar US$ 210 bilhões", afirma Antônio Gil, Presidente da Brasscom - Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação.

Segue alguns números que refletem o mercado de TI nacional:
Mercado Brasileiro de TI e TIC (2011, US$ BI):
Mercado Interno
Variação 2011/2010 (%)
Software
6,18
14,4%
Serviços
14,77
11,1%
Hardware
29,92
2,2%
BPO
5,61
19,5%
TI In-House
46,12
16,7%
Tecnologia da Informação (TI)
102,60
11,3%
Telecom
94,96
10,4%
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)
197,56
10,9%

Ainda sobre as expectativas do futuro da Ti no Brasil, pode-se afirmar que, independente da crise internacional, o Brasil não terá seu setor de TI atingido, continuando em alta pelos próximos dois anos, uma vez que a TI brasileira é quase que totalmente dependente do mercado interno, que está bastante aquecido.

A Stefanini, empresa do ramo de Consultoria, Integração, Desenvolvimento de Soluções, BPO, Outsourcing para Aplicativos e Infraestrutura, promete avançar nos mercados nacional e externo em 2012 com anúncio de investimentos de 300 milhões de reais para os próximos três anos. Metade desse capital ficará no Brasil, onde há disposição para aquisições.

Os novos investimentos são para sustentar o crescimento da companhia, que fechou 2011 com receita de 1,2 bilhão de reais, com aumento de 21% em comparação com o faturamento de 1 bilhão de reais movimentado em 2010. O Brasil respondeu por 60% dos negócios e o mercado internacional por 40%.

Para melhor pensarmos a quantidade de "dinheiro" e "pessoas" que circula no mercado de TI, segue abaixo a
lgumas manchetes da área de TIC:

Banda larga 3G alcança 56,4 milhões de assinantes no Brasil
Desse total, 45,2 milhões acessam o serviço por smartphone e 11,2 milhões via modem. Crescimento em um ano foi de 114,6%, segundo relatório da Associação Brasileira de Telecomunicações.

Intel paga US$ 375 milhões por 1,7 mil patentes para dispositivos móveis
Tecnologias de 4G, 3G e Wi-Fi foram compradas das Interdigital e serão incorporadas ao Atom.

Microsoft adquire da Yammer por US$ 1,2 bilhão

Objetivo é usar o software para redes sociais corporativas (ESN) da empresa para melhorar suítes de produtividade como o Office

Microsoft deverá pagar R$ 100 mil a empresa por abuso de fiscalização

Fabricante foi condenada, em decisão unânime, a repassar valor para a Sertil Telecomunicações, prestadora de serviços técnicos.

Cast vence pregões do governo no valor de R$ 9,75 milhões

Ministério das Comunicações, Sefaz-DF e Banco de Brasília são os novos clientes da empresa de tecnologia.

Estimulante não? Mas e o profissional de TIC, como deve ser?

3. PROFISSIONAL DE T.I.

A tecnologia é hoje uma das áreas mais desafiadoras para os jovens talentos, e as escolhas por aquilo que vão desenvolver ao entrar para o mercado de trabalho, começam cada vez mais cedo. Por isso, precisamos analisar quais são as exigências para aqueles que vão ingressar nas carreiras ligadas à tecnologia da informação (TI).

Há muito, o profissional da área de TI deixou de ser sinônimo de alienado, aquele sujeito com problemas de relacionamento pessoal, vulgarmente conhecido como nerd.Ou seja, quebremos o estereotipo de profissional de TIC ser introspectivo, tímido, recalcado e sem habilidade de lidar com pessoas.

O profissional da área de tecnologia deve ser antes de tudo um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização. Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade.
O conhecimento técnico já não é diferencial competitivo porque isso é relativamente simples de se conseguir, seja por meio do fácil acesso à informação que hoje dispomos pela internet ou pelos cursos que a academia oferece. O que realmente importa é a capacidade do profissional em saber onde e como buscar esse conhecimento.

Para ter excelência, além das características como vontade de aprender, curiosidade e humildade, os novos profissionais devem ser inovadores. Muitas vezes, ele irá trabalhar com produtos baseados em conceitos já consagrados, mas precisará enxergá-los por um por um novo ângulo e aceitar os desafios propostos pelo ambiente de trabalho.

A esperança de cada empresário do setor de tecnologia é que os jovens se interessem ainda mais pela área e que, logo mais, haja um bom contingente de boas cabeças pensantes trabalhando no segmento. Ganham as empresas, ganham os profissionais e, ganha o Brasil que já é reconhecido como um grande player de TI no mundo.

4. O FUTURO DO MERCADO DE TRABALHO DE TIC


O mercado de TI, não poderia ser de outra maneira, é sempre inovador, de maneira que as profissões que hoje mais contratam e remuneram bem, não existiam há 03 ou 05 anos atrás.

São profissões que foram nascendo com o desenvolvimento de tecnologias, e o mais importante, os profissionais que hoje atuam nessas áreas foram se adaptando e, com proatividade e curiosidade, buscaram conhecer aquele no nicho de trabalho.

Entre essas novas profissões temos o S.E.O. - Search Engine Optimization.(Otimização de Sites); esse profissional tem como principal ação a optimização do site de empresas em buscas na rede, ou seja, seria um funcionário contratado para colocar uma empresa no topo de paginas de pesquisa como o Google.

Outro exemplo é o Analista de Mídias Sociais; que faz exatamente o que a denominação diz, analiza o que esta sendo dito de uma empresa ou serviço nas mídias sociais (twitter e facebook), ficando, muitas vezes, com a responsabilidade de desenvolver ações especificas diante do que esta sendo falado.

Pense que muitos de nós nem conhecíamos a profissão de analista de mídias sociais e já existem profissionais que acreditam no fim dessa profissão, ou melhor, seu desmembramento em outras profissões.

E por fim, sempre há o empreendedorismo, o mercado está aberto para novas empresas e a novas tecnologias, então cabe ao jovem procurar uma formação especifica para empreendedores e gerir seu próprio negócio na área de TIC, lembrando que o número de novos empreendedores já chega a dois milhões no Brasil.

Então, fica a dica!!!!!